“Se no passado a economia condicionou a utilização do meio ambiente, sem se preocupar com a degradação e exaustão de seus recursos, atualmente parece ser o meio ambiente que deve condicionar a economia” (Comune, 1994, p. 45-46).

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XI Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica

XI Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica
XI Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (ECOECO) e VII Congreso Iberoamericano de Desarrollo y Ambiente (CISDA) 2015 "Aplicações da Economia Ecológica nas Políticas Públicas Latino-americanas"

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pensando Como um Economista

Introdução do livro:

Diane Coyle, em Sexo, Drogas e Economia, livro que retrata a Economia sob um ponto de vista diferenciado, afirma que qualquer um que deseja que o mundo seja um lugar melhor deve conseguir pensar como um economista.
Tal afirmação carrega parcela considerável de veracidade; afinal, indiscutivelmente, qualquer mudança na atividade econômica acarreta sensíveis alterações no comportamento social, político e cultural dos indivíduos.
Fora isso, de certa maneira, a Economia consegue passar aos indivíduos o poder do conhecimento sobre o mundo em que vivemos.
Nesse pormenor, não é descabido afirmar que a ciência econômica é perfeitamente capaz de operar verdadeira transformação social. Apenas esses “requisitos” bastariam, em nosso entendimento, para enaltecer o importante papel que as Ciências Econômicas têm exercido no cotidiano de cada um de nós, interferindo, direta ou indiretamente nos acontecimentos, ainda que, por vezes, não nos damos conta disso.
Não é por acaso então que essa ciência social, que um dia foi injustamente chamada de lúgubre (dismal science), vem ganhando, a cada dia, maior importância na vida de todos nós.
Nesse sentido, muitas publicações têm enaltecido esse “outro” lado da Economia, descortinando, assim, uma imagem carregada de ciência que, até então, somente tratava da frieza dos números, dos índices, dos gráficos; desprovida, portanto, do aparato analítico voltado ao social.
Nessa linha de análise, nossa obra anterior – “Provocações Econômicas” – se coloca para ajudar a ‘desmistificar’ essa ciência social que é, por essência, portadora de um caráter intrínseco de mudança.
É por isso então que entendemos, cada vez mais, que estudar ciências econômicas, pensar a economia como um todo, e ‘praticar’ a economia (enquanto atividade e ciência) tem contribuído, sobremaneira, para aqueles que visam entender as consideráveis situações que, com frequência, nos vemos envolvidos no cotidiano. Esta presente obra que o leitor tem agora diante de si, se apresenta também com essa mesma intenção.
“Pensando como um economista”, em seus dez capítulos, de forma concisa, proporciona conduzir o leitor ao universo temático que cerca a Economia e alguns de seus ‘segredos’.
Todavia, se for possível definir um objetivo fundamental desta obra, esse vai, certamente, ao encontro daquilo que Alfred Marshall, um dos mais brilhantes economistas de todos os tempos, pensava sobre Economia. Seu objetivo na análise econômica era um só: encontrar uma solução para os problemas sociais. De toda sorte, foi Marshall que, definitivamente, nos ensinou a empenhar-se na busca de uma melhora do bem-estar da humanidade com o utilitarismo de Stuart Mill.
Assim sendo, a leitura do presente texto, a exemplo da frase de Mario Benedetti com a qual abrimos essa obra, carrega, na essência, esse sentimento. Por meio de ações, é perfeitamente possível sim buscar-se a construção de um mundo melhor para todos. A economia, para nossa felicidade, possui as ferramentas necessárias para tal transformação. Disso não tenhamos dúvidas.
À todos que resolverem enfrentar às páginas que se seguem, em seus 11 breves capítulos, fica aqui o desejo de boa leitura!


Boa leitura,
Prof. Celso Ricardo Salazar Valentim
** Marcus Eduardo de Oliveira, colunista do EcoDebate, é Economista e professor de economia da FAC-FITO e do UNIFIEO. Especialista em Política Internacional pela (FESP) e mestre pela (USP). Contato: prof.marcuseduardo@bol.com.br

EcoDebate, 30/07/2010

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