Por David Usborne
Pesquisadores da vida selvagem têm detectado novas evidências de que os ursos polares do Ártico, já severamente ameaçados pelo derretimento dos gelos eternos de seus habitats face o aquecimento global, estão sendo envenenados por compostos químicos comumente utilizados na Europa e na América do Norte para retardar a capacidade de queima de objetos domésticos tipo sofás, roupas e carpetes. Uma equipe de cientistas do Canadá, Alaska, Dinamarca e Noruega estão fazendo soar o alarme sobre os retardantes de chamas, conhecidos como polybrominated diphenyls ou PBDEs (nt.: polibromatos difenilos). Dizem que depósitos significativos recentemente foram detectados nos tecidos gordurosos dos ursos polares, especialmente no leste da Groenlândia nas ilhas Svalbard da Noruega. Estudos estão ainda sendo feitos com relação de qual o impacto que estes químicos podem estar sendo quanto aos ursos. Testes em animais de laboratório como camundongos indicaram que seus efeitos podem ser consideráveis, atingindo as glândulas sexuais e as tiróides, a habilidade de locomoção e as funções cerebrais.